sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

11° Capítulo - Bad Day.



Pov Chlöe Swan.
Droga, o que estava acontecendo comigo? Por pouco não morri naquela explosão e agora essa maldita dor de cabeça? Estacionei o carro na garagem e, antes de descer, guardei a máscara e o modificador de voz.
Sentia uma tristeza fluindo de mim; eu não costumava ser assim, sempre tentei ser o mais forte que pude, mas hoje realmente não estava sendo um dia fácil.
Acenei para alguns seguranças que estavam em volta da casa e adentrei na mesma; tudo estava em um completo silêncio. Caminhei até a parte de trás e pude ver Alicia, Chaz e Kate em volta da piscina enquanto riam das palhaçadas da minha pequena princesa. Subi as escadas e fui diretamente para o banheiro, precisava urgentemente de um banho para tentar me livrar daquela tristeza que parecia me consumir aos poucos.
O banho realmente me ajudou muito, pelo menos a dor de cabeça havia sumido e, apesar de ser apenas 17hrs da tarde, coloquei meu pijama.
Desci as escadas e caminhei preguiçosamente até a parte de trás da casa e me encostei no batente da porta. Esperei até que Megan me olhasse e abri os braços, indicando que eu necessitava de seu abraço. Sorri completamente quando vi aquela coisinha pequena correndo com o seu melhor sorriso em minha direção. Me agachei e a peguei no mesmo instante.
– Oi, Mamãezinha.
– Oi meu amor, como você está? – Acenei para Kate, Alicia e Chaz e entrei novamente com Megan em meus braços.
– Estou bem. Mas senti sua falta, mamãe. – Ela fez bico.
– Eu também senti, meu amor, não via a hora de chegar para ficar com você. O que quer fazer hoje?
– Podemos ‘fitar’ em casa e assisti o filme do titio Justin?
– Claro que podemos, meu amor.
Justin, Justin, Justin. Por um momento sorri ao pensar nele, acho que era a primeira vez que eu não reclamava de ter que ver algo sobre ele com a minha filha.
Antes de irmos assistir o filme, insisti para que Megan comesse pelo menos um pouco, já que Kate havia me contato que ela não havia comido muito bem durante o almoço.
Nos sentamos na sala e começamos a ver o filme, diversas vezes me peguei com lágrimas nos olhos, em outros momentos eu ria; Justin definitivamente era um pestinha, porém com uma emocionante história de vida. Nunca tinha parado para assistir ao filme, sempre achei uma bobagem tremenda. A verdade era que eu tinha medo de descobrir quem Justin realmente era.
Megan estava em meu colo, quase pegando no sono quando meu celular tocou, indicando que uma nova mensagem havia chegado.
Sorri ao ver de quem era, e sobre o que era. Era Elisa, gerente geral de um dos Hotéis mais luxuosos de Londres, que era de meus avós, e que agora era meu. O hotel ficava em Londres, um dos meus lugares preferidos. Li e reli a mensagem várias vezes.
“Ei, Chlöe, precisamos de você para resolver algumas coisas, o que acha de vir passear em Londres e de brinde ver uma velha amiga que está morrendo de saudades suas e de Megan? Não aceito um não como resposta, hein! Aguardo a chegada de vocês amanhã. XX, Elisa”.
Acho que eles precisavam de mim na hora certa, talvez aquilo fosse tudo o que eu precisava. Respondi Elisa dizendo que com certeza amanhã eu estaria lá. Megan continuava em meus braços, lutando contra seu sono para não perder o desenho que passava agora na TV.
Seria uma viagem feita de última hora, então, eu precisava ajeitar as coisas para que tudo ocorresse bem.
Antes mesmo que eu pudesse pensar em entrar em contato com o aeroporto onde meu jatinho estava a campainha tocou, fazendo com que eu e Megan déssemos um pulo de susto. Rimos de nós mesmas e eu a avisei que voltaria logo.
Obviamente eu não estava com trajes adequados para abrir a porta, mas eu realmente era a única que podia fazer aquilo no momento, já que Alicia havia saído com Chaz a algum tempo e eu havia dispensado Kate para poder ficar sozinha com minha filhota. Abri a porta com a maior cara de tédio do mundo e quase tive um mini infarto quando vi quem estava ali.
– Ei, bobona!
– Khalil? – Comecei a rir. – O que devo a sua ilustre visita em minha humilde casa? Entre!
– To vendo a humildade. – Disse ele em um tom irônico. – Vim lhe fazer um convite e não aceito “não” como resposta. Mas antes, cadê a Mag?
– Meu brotinho tá na sala. – Falei e o guiei até onde ela estava, dormindo, como eu imaginava. – Ela realmente estava cansada hoje, vou leva-la lá em cima.
– Deixa que eu levo ela pra você. – Ele se ofereceu e, antes de pegá-la no colo, beijou seu rostinho e em seguida me seguiu para o meu quarto, queria que Megan dormisse comigo hoje. – Dorme bem anjinho. – Disse ele e em seguida a cobriu com a coberta.
– Não sabia que você cuidava tão bem de crianças! – Disse encantada pela forma em que ele olhava atencioso para ela.
– Eu não era tão bom assim. – Ele riu. – Acho que me especifiquei nisso com Jaxon e Jazmyn. – Os irmãos de Justin. Pensei.
– Ah, sim! – Sorri. – Bom, você disse que tem um convite para me fazer, certo? – Ele assentiu. – E eu preciso de sorvete, vamos descer e você me diz qual convite é esse.
Ele riu, concordando comigo, e nós descemos; Khalil era muito legal e divertido, apesar de ter falado que eu comia feito um pedreiro enquanto tomávamos café da manhã naquele clube.
– Bom, já está ficando tarde e eu ainda não te falei do meu convite...
– É verdade. – Afirmei enquanto levava mais uma colherada de sorvete para a boca.
– Bom, eu e os nossos amigos nos reunimos hoje e decidimos que viajaríamos juntos, mas não sem você e a Megan, é claro; Alicia sabia e ficou de te avisar, mas sua prima quando está com o Chaz parece que esquece até do próprio nome. – Comecei a rir da forma em que ele se referia a Alicia quando estava com Chaz, pois realmente era verdade. – Enfim, nós vamos na madrugada de hoje, arrume suas malas, baby. – Disse ele, enfiando uma colherada de sorvete em minha boca, quase me fazendo engolir a colher junto.
– Agressivo, quer me matar com essa colher, é? – Disse rindo e ele riu também. – Vocês vão na madrugada de hoje? – Perguntei, me lembrando que iria para Londres.
– Sim, Justin tem um ensaio fotográfico pra uma revista então decidimos que iriamos com ele. – OH, YEAH, ir com Justin? Nem pensar, nós estávamos nos dando muito bem, mas era melhor manter uma certa distância, antes que ele descobrisse mais coisas que não devia.
– Ah, eu até gostaria de dizer sim, mas infelizmente já vou viajar para Londres com Megan amanhã. – Fingi uma certa decepção.
– VOCÊ DISSE LONDRES? – Ele abriu um sorriso do tamanho do universo.
– Sim criança, eu disse Londres. –Comecei a rir. – Porquê?
– Você bem que tentou se livrar de nós. – Disse ele, rindo. – Mas nós também vamos para Londres. – Ele começou a fazer uma dancinha. – Então, você vai conosco! – Bati a mão na testa em sinal de desaprovação e ele riu.
– Droga! Eu deveria ter dito que iria pra África. – Brinquei. – Mas tudo bem, você ganhou, eu vou!
– Sabia que você não recusaria um convite meu, bobona.
– Convencido!
– Para! Sou realista. – Ele disse e nós rimos.
– Eu vou com vocês, mas vou no meu jatinho com Megan, costumo odiar aviões e sempre passo mal, então prefiro ir dessa forma.
– Tudo bem, nós também vamos com o jatinho do Justin.
– Ah, sim, que horas nós vamos?
– As 5 da madrugada. Tudo bem pra você?
– Claro. Se não couber todo mundo no jatinho do Justin, vou deixar autorizado que os amigos de vocês podem ir comigo, certo?
– Certo. – Ele riu. – Você não se incomoda de ficar gastando seu dinheiro com quem você mal conhece?
– Não costumo me importar com dinheiro, é uma coisa que eu sempre tive, mas nem por isso consegui comprar a minha felicidade. Lógico que dinheiro nós dá ótimas oportunidades de viajar, de comprar, de fazer muitas coisas, mas eu seria do mesmo jeito que eu sou agora, com ou sem dinheiro. Gosto muito de ajudar, então sempre que eu puder ajudar, eu vou... – Sorri e ele sorriu de volta.
– Agora estou começando a entender o porquê de Alicia te admirar tanto. – Sorri um pouco sem graça e voltei a encara-lo. – Eu preciso ir, to com sono e ainda preciso contar isso pro panaca do Ju... – Ele parou de falar na mesma hora, como se tivesse falado besteira e tentou mudar de assunto. – Então, te vejo amanhã?
– Claro. – Abracei-o, me despedindo.
– Até amanhã, new little sister!
– Até, big new brother!
Abri a porta e o acompanhei com alguns seguranças até o portão e esperei até que ele desse partida e sumisse pelas ruas.
Adentrei novamente, e antes de cair no sono liguei para o aeroporto particular onde estava o meu jatinho dizendo que eu iria usá-lo amanhã, também arrumei minhas coisas e as de Megan. Logo depois, caí na cama totalmente cansada e peguei no sono.
As horas se passaram tão rápido que nem parecia que eu havia dormido; levantei-me depressa e tomei um banho rápido para ter certeza de que eu conseguiria me manter acordada. Lá fora parecia estar fresquinho, nem frio e nem calor. Então apenas coloquei um shorts cavado, curto na frente e pouca coisa maior atrás, optei por um salto preto fechado, um top e uma blusinha fina branca por cima e uma jaqueta. Arrumei o meu cabelo e passei uma maquiagem levinha. Desci para pedir que os seguranças subissem para pegar as malas e avisei Kate que acordaria Megan para que ela pudesse fazer a gentileza de dar um banho nela enquanto eu terminava de arrumar alguns de nossos documentos para a viagem.
Subi para o meu quarto novamente e me sentei ao lado de Megan.
– Ei, meu amor. – chamei-a enquanto enchia seu rosto de beijos. – Ei, minha princesa, acorda!
– O ‘ti’ foi mamãezinha? ‘Quelo’ nanar.
– Eu sei, meu amor, acontece que você dormiu ontem antes que eu te contasse que vamos para Londres hoje.
– Mas eu ‘telo’ nanar, mamãezinha.
– Eu sei, minha princesa, me doi o coração te acordar a esse horário. Mas nós precisamos ir, não vai ficar ninguém aqui, e você não quer ficar aqui sozinha, né?
– Não, mamãe.
– Então vamos fazer o seguinte, você toma um banho bem quentinho que a tia Kate está preparando pra você enquanto eu arrumo uma roupa super linda pra você vestir, e depois você pode voltar a dormir no colinho da mamãe, tudo bem?
– Tá bom, mamãe, mas eu posso usar um ‘potinho’ a minha pepeta? To com ‘saudadi’ da pepeta.
– Chupeta de novo meu amor? O que o tio Justin vai pensar se te ver de chupeta desse tamanho? – Megan ainda tinha 3 anos, era normal que ela quisesse usar chupeta, mas desde cedo não quis que ela se acostumasse com isso, pois sabia que seria difícil para que ela deixasse de usar.
– O titio Justin vai, mamãe?
– Sim, meu amor. – Pude ver um sorriso brotar em seus lábios.
– ‘poi’ favorzinho, mamãe, deixa eu usar a pepeta hoje.
– Me promete que é só hoje?
– Sim, mamãezinha.
– Então tudo bem pirilim, agora vou chamar a tia Kate.
Beijei sua testa e logo vi Kate batendo na porta, assenti para que ela entrasse e fui até o quarto de Megan, peguei sua pepeta, como dizia ela, escolhi uma roupa para que ela usasse e voltei para o quarto. Peguei meu passaporte, os documentos de Megan e os meus. Kate trouxe Megan apenas de toalha para minha cama e dali eu tomei o controle, secando minha princesinha e vestindo uma roupa quente nela. Kate foi terminar de arrumar suas coisas, pois pedi que ela nos acompanhasse nessa viagem.
– É, meu amor, você realmente tá com sono, nem o banho conseguiu te despertar.
– Eu ‘quelo’ nanar, mamãezinha. – Disse ela, começando a chorar.
– Ei, ei. Não precisa chorar, filha, nós já estamos indo. A pepeta. – entreguei e ela rapidamente colocou a chupeta, mas não deixou de chorar.
Peguei Megan no colo e ela deitou sua cabeça em meu ombro; peguei uma coberta pequena de bebê e coloquei sobre ela, eu estava com calor, mas Megan era mais sensível do que eu e provavelmente o vento dessa madrugada não faria bem a ela, peguei também a minha bolsa e deixei o quarto, descendo com cuidado as escadas.
Sai da casa e pude ver os carros já preparados para irmos, aguardei que Kate entrasse primeiro e logo em seguida entrei com Megan.
– Por que ela está chorando? – Kate perguntou, um pouco preocupada.
– Megan é um pouco dengosa, você sabe, né? – Kate assentiu sorrindo. – Está chorando porque teve que acordar cedo e ainda está com sono.
Não demoramos muito pra chegar, acho que todos já estavam ali devido ao número de pessoas que estavam no local, odiava ser o centro das atenções, mas quem mandou chegar atrasada, né, Chlöe? Pensei irritada.
– Filha, por favor, se acalma um pouco, meu amor. Você está chorando desde quando saímos de casa, não gosto de te ver chorar.
– Mamãezinha.
– O que foi meu anjo?
– Eu só to ‘tansada’, ‘distulpa’. – Enquanto ela dizia, mais chorava. Megan estava tão sensível ultimamente.
– Tá tudo bem, meu amor, só tenta se acalmar!
Descemos do carro e percebi os olhares sobre mim e meus homens, digo, seguranças; o piloto do jatinho estava próximo de nós então caminhei até ele para perguntar se já podíamos decolar.
– Senhor Juan. – Sorri.
– Menina Chlöe. – Disse ele, sorridente.
– Tudo certo para decolarmos?
– Me parece que sim, mas temos um pequeno problema.
– Hm, qual? – Perguntei curiosa.
– Me parece que conseguiram lotar os dois jatinhos disponíveis, o seu e o do menino Justin. Apenas no seu sobraram sete lugares disponíveis.
Ótimo, muito legal. Eu estava levando seis seguranças mais a Kate, isso já ocupava todos os lugares, faltando para mim e Megan e justo hoje que minha filha não parava de chorar por um minuto.
– Bom, os meus seguranças e Kate vão no jatinho, eu chego lá mais tarde, vou tentar alugar um jatinho menor para irmos, certo? – Ele assentiu.
– Chlöe, eu e Jake não nos importamos de ir de avião mais tarde. Você é a dona do jatinho, você deveria ir nele, ainda mais que Megan está um pouco chorosa hoje.
– Está tudo bem, Kate, pode deixar que eu me viro. – Ela assentiu e ficou ao meu lado.
Avistei Twist, Justin, Khalil, Chaz, Alicia e mais algumas pessoas que eu não conhecia conversando enquanto olhavam para nós. Caminhei até eles apenas para dar um oi.
– Hey. – Cumprimentei eles de longe, já que Megan ainda estava no meu colo chorando.
– Ei, Chlöe. – Eles pareciam um coral falando.
– Por que o meu amor está chorando? – Perguntou Alicia.
– Sono. – Respondi e Alicia se colocou atrás de mim para tentar acalmar Megan.
– Bem, acho que é melhor nós entrarmos. – Disse Chaz.
– Bom, já vou indo, encontro vocês mais tarde. – Me despedi e saí, seguindo o caminho contrário do jatinho.
– Ei, Chlöe. – Escutei Khalil me chamar.
– Oi?
– O seu jatinho não é esse? – Perguntou ele.
– Sim. – Sorri.
– Então porque você está indo lá dentro? – Disse ele, apontando para o aeroporto. – Já está tudo certo para irmos.
– Ah. – Ri, um pouco desconfortável. –Não sobrou lugar. Eu vou depois, vou levar Megan para beber alguma coisa pra ver se ela se acalma, te vejo mais tarde.
Nem esperei que ele me respondesse, adentrei o aeroporto particular e procurei um bom lugar para tentar acalmar minha princesa, que parecia um pouco melhor.
Pov Justin Bieber.
Sentei em minha poltrona; droga, onde estava o Khalil? Bocejei preguiçosamente, ainda estava com sono; acostumei-me a dormir até tarde agora que estava de férias e era um pouco difícil acordar cedo novamente.
Vi Khalil entrar no jatinho e levantei-me para falar com ele.
– Está tudo certo no outro jatinho? Megan já melhorou? – Perguntei.
– Não, Megan ainda estava chorando quando eu a vi. Acho que nós exageramos em levar todas essas pessoas, grande parte eu nunca vi na minha vida, bro.
– Mas coube todo mundo não coube? Então está tudo bem.
– Não, Justin, as duas pessoas que nós torcemos para que fossem só vão mais tarde porque não sobrou lugar pra elas.
– Como assim? Megan e Chlöe? – Perguntei e ele assentiu. – Droga! Eu não vou deixar elas irem depois sozinhas, e se o pai louco da Chlöe aparecer aqui? Nem pensar!
– O que você vai fazer? Ela já está lá dentro do aeroporto, Megan parece não estar muito bem hoje, ela disse que ia tentar acalma-la e mais tarde iria.
– Veja duas pessoas que possam ir depois, fala que eu pago. Eu vou lá falar com elas. – Ele assentiu enquanto eu saía do jatinho.
Enquanto andava pelo aeroporto tentando chamar o mínimo de atenção possível, senti que era observado, esqueci de pedir para que Mike ou Dustin me acompanhasse. Não conseguia encontrar Chlöe e Megan em lugar algum. Onde elas se meteram? Fui para o lado da recepção e finalmente as encontrei; Megan ainda chorava, o que me deixou um pouco preocupado.
– Ei. – As chamei.
– Justin? Vocês não foram ainda?
– Não, eu não vou deixar vocês aqui. – Falei sincero. – O que minha princesa tem?
– Ela diz que é sono, mas já estou começando a ficar preocupada, ela não choraria tanto assim por sono.
Me aproximei delas e peguei Megan no colo.
– Ei, princesa, o que você tem? – Me sentei em uma das cadeiras que havia ali e Chlöe se aproximou.
– Eu não sei, titio Justin.
– Megan, olha pra mim. – Chlöe pediu para filha e ela logo olhou para a mãe. – Está doendo alguma coisa, meu amor? – Ela esticou os braços novamente para Chlöe, que a pegou no mesmo instante e se sentou ao meu lado.
– Tô com medo, mamãe. – Disse ela abraçando a mãe. – Você não vai me deixar, né, mamãezinha? Você não vai sumir igual ao meu papai, né, mamãe? – Chlöe já chorava com as palavras de Megan, e eu estava quase fazendo o mesmo.
– Nunca, meu amor! Eu amo você, você é a minha vida, filha. Eu jamais deixaria o que me faz me manter vida todos os dias, está bem? – Limpei as lágrimas de Chlöe e em seguida as de Megan, não me importava de ter que virar um enxugador de lágrimas se fosse para enxugar as delas. Nada fazia sentido pra mim, mas eu queria tanto poder cuidar delas.
– Titio Justin, posso ‘fitar’ no seu colinho?
– Não precisa nem pedir, meu anjo. –Estiquei os braços e a peguei. – Vem? – Estiquei uma de minhas mãos para Chlöe, ela me analisou e em seguida analisou a filha, estrelou sua mão na minha e fomos para o jatinho; Khalil tinha conseguido com que duas pessoas fossem mais tarde, e para ter certeza de que Chlöe e Megan ficariam bem, pedi que elas se sentassem ao meu lado.
Megan havia pegado no sono depois de chorar tanto, Chlöe a colocou no banco ao lado da janela, ficando entre mim e Megan.
O jatinho decolou e Chlöe continuava pensativa, totalmente distante. Com certeza era pelo que Megan havia lhe falado; ela era uma criança maravilhosa, cada vez que eu a via, ficava mais encantado, não entendia porque o pai dela não quis estar presente na vida dela.
– Sei que não é da minha conta, mas porque o pai da Megan não quis estar presente na vida dela? Ela é uma criança tão especial, juro que não consigo entender. – Chlöe respirou fundo e logo disse:
– Ele nunca soube da existência dela, Justin. E se soubesse, com certeza não faria diferença. Só ia trazer mais dor pra nós duas.
– Isso tudo é culpa minha! Eu deveria ser o pai de Megan. – Senti os olhos de Chlöe vacilarem.
– Mas não é! Não fique se culpando.
– Eu só queria ser, entende? Eu sinto muito!
Dessa vez foram os meus olhos que vacilaram...
– Me deixa cuidar de vocês? Me deixa pelo menos tentar... – Ela me interrompeu.
– Justin, você não precisa ficar se culpando pelo que aconteceu no passado, você não precisa disso. Você tem 19 anos, precisa conhecer novas pessoas, novas mulheres, você precisa se divertir, curtir a sua vida. Eu infelizmente não posso mais fazer nada por mim, eu nasci pra ser a mãe da minha garotinha, eu nasci pra ama-la e é isso que eu vou fazer. Megan e eu adoramos você, do fundo do meu coração, eu já não sinto mais ódio, medo e nem insegurança quanto a você. Sempre que você quiser, a porta da minha casa vai estar sempre aberta pra você, é só entrar.
– E se eu disser que quero entrar pela porta do seu coração, e não pela porta da sua casa, você me deixa? – Chlöe me olhou, um pouco surpresa pela minha resposta, e eu me aproximei, tentando encontrar a resposta em seus olhos.
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Hey amores, to pensando em parar de postar aqui no blogger e só postar no Anime, porem não gostaria de ficar sem saber a opinião de vocês e de não ver o comentário lindo de vocês, então gostaria de saber se vocês topariam fazer uma conta no Anime pra poder comentar e ver a fanfic, o que vocês acham? Qualquer coisa me chamem no chat do fb!!
Comentem muitooo hahahah por favor, adoro o comentário de vocês! Espero que gostem e até o próximo capítulo!!

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domingo, 24 de novembro de 2013

10° Capítulo - Explosion.


Hey, aconselho vocês a colocarem a musica "All Bad" para carregar, vocês saberão o momento certo para dar play. Enjoy!!

Pov Chlöe Swan. 
Chanel dirigia feito louco pelas ruas de Toronto; não trocamos mais nenhuma palavra depois que eu mandei ele ir se foder, ele alarmou esperanças demais achando que eu daria algum tipo de moral para ele. Mas no fundo, bem lá no fundo, um pouquinho mais no fundo, eu gostava dele, mesmo sendo a segunda vez que o via, ele tinha um olhar misterioso, e às vezes eu tinha a impressão de conhece-lo. 
No fundo, ele não era uma pessoa má como aparentava ser.  
– Você está mudando a rota, para onde estamos indo? – Perguntei. 
– Para um motel. – Ele respondeu sério. 
– O QUE? – Quase gritei e ele começou a rir. 
– Mulheres bravas são atraentes, isso vai melhorar ainda mais o clima! 
– ESCUTA AQUI...  
– Calma docinho, era apenas uma brincadeirinha. – Ele levantou as mãos, como se estivesse se rendendo, mas não parou de rir. 
– Você é um idiota! – Respondi brava. 
Ele não respondeu nada, apenas continuou com aquele sorrisinho malicioso nos lábios, maldito.  
– Nós estamos indo para um Cais.  
– Cais? Pensei que nós iriamos explodir um posto de gasolina, e não barcos. 
– Ainda é cedo docinho, primeiro o plano e depois a ação, ou vai me dizer que você prefere fazer tudo sem conhecer o território inimigo? 
– Gosto de fazer as coisas sem planejamentos. 
– Bom saber. – Ele estacionou o carro e me olhou, curioso. 
Abaixei a cabeça e evitei olhar em seus olhos novamente. Abri a porta do carro e logo senti o cheiro bom do mar que invadia minhas narinas. 
– Então é aqui que você sempre programa tudo? – Perguntei. 
– Na verdade, não, eu costumo fazer isso em outro lugar, mas agora que você também está nessa, é melhor fazermos isso aqui. 
– Se você diz... – Dei de ombros e segui seus passos. – E os outros? 
– Eles vão estar por aí, esperando nossas ordens. 
– Entendi! 
Caminhávamos rápido para não chamar tanta atenção, já que estávamos com máscaras um tanto quanto chamativas. O iate era enorme e o nome do proprietário havia sido retirado dali, ganhando um novo adesivo; aquilo, sem dúvidas, me deixou intrigada. Acomodei-me em uma das cadeiras que havia ali e esperei até que Chanel voltasse. 
Enquanto isso, não deixei de analisar o belo iate; tudo ali era luxuoso, mas não parecia ser do meu pai, era um pouco óbvio que o iate era de Chanel, com sua verdadeira identidade. Ele logo voltou com um laptop e alguns papéis e colocou tudo sobre a mesa e em seguida se sentou ao meu lado.  
– Já pedi pra eles me mandarem fotos de como é o posto, quem trabalha lá, onde estão as armas e as drogas. 
– Tudo bem, você acha que isso pode demorar? 
– Não muito. – Afirmou ele. – Normalmente não demora. 
– Certo, enquanto isso, me fala sobre você? – Perguntei. 
– Melhor não. – Disse ele, um pouco incomodado. 
– Às vezes, tenho a impressão de te conhecer, seus olhos... Eu não sei. – Afirmei, um pouco confusa. 
– Engraçado, tenho a mesma impressão sobre você! – Disse ele em um tom meio debochado. 
– Eu estou falando sério! 
– E quem foi que disse que eu estou brincando? 
– Mesmo com o alterador de voz, você não consegue perder o tom de deboche. 
– É mesmo? – Ele riu. 
Respirei fundo e tentei me controlar, ele estava começado a me irritar.  
Os outros membros já haviam coletado as informações que precisávamos, eram coisas simples e por isso não precisaram de muito tempo para descobrir.  
Fui dando algumas ideias para Chanel sobre o que poderíamos fazer para começar com todo plano; minha ideia era um pouco arriscada, mas Chanel não deixou de aprova-la e dizer que aquela seria a melhor coisa para se fazer no momento. 
– E o carro? – Perguntei. 
– Já está chegando. – Disse ele, um pouco nervoso. – Você se lembra do que precisa fazer, né? 
– Claro. 
– Tudo vai acontecer muito rápido, então sugiro que você faça tudo da mesma forma. 
Sorri, um pouco desconfortável, e abaixei a cabeça; aquilo estava me assustando e as palavras dele não estavam ajudando muito.  
– Quando eu sair da loja de conveniência, você precisa fazer o mesmo, correndo, de preferência. 
Um calafrio se passou por todo o meu corpo; as palavras dele, mesmo que profissionais, tinham um grande efeito sobre mim, era como se ele se importasse, talvez pelo fato de eu ser a única mulher no meio deles. 
Um dos membros chegou com o carro e sem avisar adentrei no mesmo e dei partida; quanto mais rápido aquilo começasse, mais rápido eu poderia ir embora. 
Chanel parecia gostar da velocidade em que eu dirigia e aproveitava a pista livre para tentar ultrapassar o meu carro e, mesmo com um motor 3.0, eu liderava a situação.  
– Que menina malvada! Usando o velho truque das curvas para não me deixar ultrapassar você, é isso mesmo? – Escutei ele falar pela escuta que havia no carro. 
– Seja um bom menino, Chanel, admita que mesmo com um carro normal consigo dirigir melhor que você que está com um carro esportivo! 
– Veremos! 
Dei risada e me concentrei na pista, eu seria uma boa menina e deixaria ele me ultrapassar, sem truques! 
Em poucos minutos o carro de Chanel sumiu pela pista; aquela sensação de estar sozinha novamente me invadiu, aquilo seria um teste no qual eu teria que passar, mesmo com as dificuldades, o medo e todos os sentimentos que haviam em mim. Eu queria muito poder acabar com todo aquele monstro que existia no meu pai, e se eu quisesse isso, eu teria que agir. 
Avistei o posto e, sem mais enrolações, adentrei o mesmo e estacionei o carro ao lado de uma bomba de gasolina; levantei minha touca, como se ela fosse apenas utilizada para o frio, e saí do carro. Tudo estava como deveria estar, sem movimento, sem muitos carros, sem muitas pessoas.  
Peguei a mangueira de gasolina e abri o suporte do carro, enchi o tanque e travei a mangueira que ainda o completava. 
Aos poucos, a gasolina começou a vasar do tanque e derrubar por todo o chão; ninguém havia notado a minha presença ali, então deixei que a gasolina caísse mais um pouco e saí correndo em direção à loja de conveniência.  
– Moço! Moço!  
– Senhorita, o que foi? Está tudo bem? 
– A gasolina, tá tudo se espalhando pelo chão, moço, me ajuda.  
O frentista do posto se desesperou e saiu correndo em direção ao meu carro; ele removeu a mangueira do tanque, mas ela ainda estava travada e continuava derramando gasolina para todos os lados.   
– Eu não sei o que está acontecendo, a mangueira não está querendo destravar. – Disse ele, desesperado.  
Avistei alguns dos membros entrando na loja de conveniência e o carro de Chanel parado ao outro lado da rua. 
Estava chegando a hora de finalizarmos aquilo.  
 – Não tem ninguém aqui que possa nos ajudar, moço? – Perguntei. 
– Não, eu estou sozinho no posto!  Droga, o meu patrão vai me matar, dona.  
O posto já estava com os rastros de gasolina por todas as partes, o homem desistiu de tentar fazer com que a mangueira parasse de jorrar gasolina e a deixou de lado no chão e optou pelo seu celular para pedir ajuda. 
Mal notei que Chanel já estava próximo da loja de conveniência e me desesperei.  
Abaixei rapidamente minha toca e em seguida ele entrou na loja e poucos segundos depois saiu correndo, minha respiração estava falha e por um minuto me senti tonta.  
Eu precisava correr dali, em poucos segundos tudo iria explodir, mas eu não conseguia. Escutei um estrondo forte e em seguida senti algo pesar sobre minhas costas.  
Ou era alguém tentando me proteger ou era a morte tentando me levar.  
– VOCÊ É LOUCA OU O QUE? – Escutei Chanel gritar enquanto se levantava. 
Mas, ao contrário dele, eu ainda permanecia no chão, sem forças para levantar.  
O que estava acontecendo comigo? 
Isso nem mesmo eu sabia, escutei outro estrondo forte e logo não vi e nem pude escutar mais nada. Isso só podia ser o meu fim. 
Pov Justin Bieber. 
Chelsea só podia estar ficando louca, a outra parte do posto estava para explodir e ela ainda não havia se levantado. Uma parte das telhas do posto começou a cair e então me despertei; tentei a puxar, mas só então notei que ela estava desacordada, é, realmente aquela era uma ótima hora para desmaiar. 
Coloquei-a sobre o meu ombro e corri o mais rápido que pude e, em poucos segundos, pude ouvir outra explosão. A fumaça já estava alta e logo os bombeiros estariam ali para tentar apagar o fogo para que não se espalhasse pelas redondezas. 
Coloquei Chelsea no banco de trás do carro e me posicionei em meu lugar, dando partida no carro e segundo para bem longe dali. 
– Chelsea, Chelsea. – Chamei-a, mas sem resultados. 
Eu estava começando a ficar preocupado com aquela situação, não sabia o que fazer e muito menos para onde leva-la.  
Se eu a levasse para o Toronto-Dominion Centre, John não a gostaria de ver naquele estado, então decidi que a levaria de volta para o iate até que ela melhorasse. 
Tomei-a em meus braços com cuidado e caminhei rapidamente para o iate e a coloquei na cama. Eu não tinha a liberdade de tirar sua máscara, mas confesso que a curiosidade estava me matando por dentro. 
Pensei na possibilidade de chamar um médico, mas não havia como, ela não podia ser descoberta e muito menos eu. Que desculpa eu daria a um médico por estarmos vestidos como bandidos? Iríamos daqui direto para a cadeia. 
Eu não tinha muitas opções, então optei por esperar ela acordar.  
Deitei-me ao seu lado e analisei a mulher que estava ali; eu me sentia como ela, escondido da vida, com medo que as pessoas me vissem dessa forma. Era assim que eu a sentia e me sentia. 
Por um extinto automático, peguei suas mãos tão delicadas como as mãos de uma boneca e as segurei firme. Tirei o removedor de voz, e mais uma vez meu extinto automático entrou em ação. 
Wanna be, wanna be, just like, talk like, you 
(Like you) you (like you) 
Misery, misery, best company 
Don't let them change your mood 

They try to get at me (they try to get at me) 
Behind your back (your back, your back) 
Trying to tell me that I'm just like the others 
But I ain't all bad 

No, no, I ain't all bad 
All bad, all bad 
I ain't all bad 
All bad, all bad 
Nem tudo na minha vida era ruim, mas era exatamente a pior parte de mim que acabava comigo. Eu não sabia por quanto tempo eu aguentaria tudo aquilo. Era como viver a vida de um personagem que odeia o seu próprio papel; eu queria poder ser eu mesmo, sem segredos, sem mistérios, sem enganar ninguém. 
 – Chanel? – Escutei a voz fraca e baixinha de Chelsea me chamar.  
– Oi? – Coloquei o alterador de voz, e respondi da mesma maneira. – Você está melhor? 
– O que aconteceu? A minha cabeça está doendo.  
– Nós estávamos no posto, tudo já estava pronto e você só precisava correr, mas não foi isso que você fez. Você me deu um baita susto. 
– Desculpa, não foi a minha intenção. – Disse ela, sincera. 
– Eu sei. 
– Chanel? – Ela me chamou novamente. 
– Sim? 
– Era você quem estava cantando? – Quase engasguei. 
– Não! Claro que não. 
– Então acho que eu sonhei com a voz de um anjo. – Disse ela, sentando-se na cama. – Nós precisamos voltar para falar com John? 
– Sim. – Afirmei. – Você já se sente bem? 
– Estou melhor. 
– Então vamos? 
– Claro. – Disse ela se levantando e se escorando rapidamente na parede. Estava na cara que ela não estava nada bem. 
Corri até ela e a segurei, seus olhos se fixaram nos meus e, como se eu fosse sua única base, ela me abraçou. 
– Você não está nada bem. O que você tem? 
– Eu não sei, mas acho que minha pressão caiu. – Disse ela, um pouco desconfortável. – É melhor nós irmos, Chanel. 
Assenti e a guiei para fora do iate, tinha medo de sair de perto dela e ela se sentir tonta novamente, então preferi me manter por perto. 
Entramos no carro e seguimos o caminho todo em silêncio, o cais onde estávamos era um pouco longe do Toronto-Dominion Centre, mas com a velocidade em que eu me propus a dirigir, chegamos mais rápido do que eu esperava. 
Chelsea ainda continuava quieta e distante, preferi não incomoda-la e, assim que entramos no elevador, pude senti-la nervosa. 
Descemos do elevador e, como eu já esperava, John já estava fora da sala, nos aguardando. Ele transbordava alegria por nós termos conseguido completar com grande sucesso o que ele havia imposto, mas eu só conseguia sentir nojo dele, e Chelsea? Bem, ela parecia nem estar ligando para o que ele falava, e isso me surpreendia.  
John nos liberou e eu agradeci mentalmente por isso, não via a hora de ir embora daquele lugar e me sentir pelo menos um pouco mais livre. Perambulei pelo estacionamento atrás do meu carro, mas parei assim que escutei uma voz familiar me chamar.  
– Chanel! – Olhei para trás e pude ver Chelsea atrás de mim, mas um pouco distante.  
E o que mais me surpreendeu, era que ela não estava usando o alterador de voz.  
– Sim? 
– Obrigada por me salvar de novo. – Ela agradeceu, e eu fiquei em transe, encantado por sua voz e pela impressão de conhece-la. 
Não consegui nem responder, apenas lhe dei uma piscadela e entrei dentro do carro, totalmente confuso. 
--
E ai, o que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado e me desculpem pela demora! Favoritem, comentem, se sintam a vontade hahahah. Até o próximo capítulo <3

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terça-feira, 15 de outubro de 2013

9° Capítulo - New Member.


Pov Justin Bieber. 
– Por favor, não faça isso comigo! – Pedi. – Você não sabe o quanto eu me condeno por isso. 
– Eu já lhe perdoei, Justin. – Ela fungou o nariz e, mais uma vez, limpou as lágrimas. – Já passou, só que eu nunca vou conseguir me esquecer daquilo... 
– Eu sei que eu não tenho o direito nenhum de te pedir nada, mas, por favor, me deixa te explicar algumas coisas. Por favor! 
Chlöe olhou no fundo dos meus olhos e respirou fundo; caminhou até a sacada e se encostou na parede. 
– Você sabe que não tem nada para me explicar, Justin, você não me deve isso! 
– Mas eu quero, eu preciso fazer isso. – Admiti. – Sabe, Chlöe, quem olha para mim, nunca imagina os problemas que eu tenho, e o quão obscuro o meu passado é; mas acredite em mim, ele não foi assim porque eu quis, foi porque eu não tive escolhas. Eu não quero comentar sobre essa parte; aquela festa foi dois dias depois de eu descobrir o quão enrascado eu estava. Se eu fosse chamado, eu tinha que ir, e não podia dizer um simples não, o "não" simplesmente não existia. Foi a minha primeira festa com pessoas que eu não conhecia, mas eu sabia que deveria impressiona-los; eu era o novato ali, e nada mais. Meus novos "amigos" resolveram me fazer uma aposta de 2.000 dólares; era tentador demais, Chlöe. Minha mãe e eu nunca tivemos muito dinheiro, e o pouco que tínhamos, minha mãe pagava o aluguel e comprava a comida para nos mantermos vivos. Quando eu completei uma idade de mais responsabilidade, decidi que precisava ajudar minha mãe, então todos os dias eu acordava cedo e ia tocar violão em um ponto famoso da cidade. Eu não ganhava muita coisa, mas já era o bastante para ajudar e vê-la orgulhosa de mim. – Procurei forças dentro de mim para continuar falando naquele assunto que acabava comigo. – Eu não tive escolhas, Chlöe, eu precisava impressiona-los, e eles escolheram você. – Respirei fundo e continuei. – No outro dia, eu me arrependi do que fiz, e decidi que te contaria a verdade e te pediria desculpas, mesmo sabendo que não adiantaria porra nenhuma, mas você começou a me xingar e eu acabei ficando nervoso, te chamando de coisas que eu não deveria, por pura raiva. – Eu me sentia tão sujo, tão desonesto com todos; mas, pela primeira vez, eu me sentia bem por poder pelo menos me explicar. – Eu sinto muito, Chlöe. 
Chlöe olhou em minha face e, ao ver minhas lágrimas, automaticamente as dela caíram também.  
Naquele momento ela me abraçou, e eu senti que ali seria o meu novo ponto de paz. 
– Justin? – Ela me chamou baixinho, enquanto me envolvia mais em seu abraço. 
– Eu estou aqui, linda.  
– Eu acho que nós deveríamos esquecer tudo isso! 
– Com tanto que você não me peça para te esquecer, por mim tudo bem! 
Pov Chlöe Swan. 
– Mamãe, a gente precisa mesmo ir 'embola' 'agola'? – Perguntou Megan. 
– Sim, meu amor. Amanhã a mamãe vai precisar sair muito cedo.  
– Eu vô também? 
– Não meu amor, você vai ficar com a Kate. 
– Mamãe... 
– O que foi? 
– Eu vou sentir 'saudadis' do Bieber. 
– Eu... 
– Você também, não é, mamãe? 
– Eu hein, claro que não. – Respondi rindo. 
– Vai sim, bobinha, Megan sabe. 
Neguei com a cabeça e ela riu, se deitando na cama. Aproximei-me e fiz cócegas nela, a fazendo dar gargalhadas gostosas.  
– 'Pala', mamãe. – Disse ela, rindo.  
Afastei-me rindo também, e deixei minhas coisas próximas da porta para que os seguranças descessem com elas. Coloquei um casaquinho fininho em Megan e a peguei no colo, pronta para nos despedirmos dos outros.  
– Alicia. – A chamei. 
– Você já vai? – Perguntou ela, com voz de desânimo. 
– Sim, amanhã terei que sair e Megan ficará com Kate. Você vai dormir aqui hoje? 
– Provavelmente sim. 
– Tudo bem, qualquer coisa liga lá em casa e pede para alguém vir te buscar.  
– Pode deixar. – Ela me abraçou de lado. – Ei, Megan, cuida da sua mamãe, viu? 
– Eu 'tuido' – Disse ela, com voz fofa.  
– Então, estou indo embora. Tchau para vocês! – Falei para os outros que estavam na sala. 
Cada um me respondeu uma coisa diferente e eu ri, pois não entendi nada. Chaz se aproximou com Twist e se despediram de Megan e depois de mim. Os outros se despediram de longe mesmo, e eu acenei dando o alerta de minha partida. 
– Ei! – Gritou Justin, vindo até nós. 
– Hey, Justin. – Sorri. – Pensei que não me daria tchau. – Brinquei. 
– Eu já estava vindo. – Ele riu.  
– Mamãe e eu vamos sentir 'saudadis'. – Disse Megan, de forma sapeca.  
– Megan! – A repreendi, envergonhada.  
– De sua parte eu sei que é verdade, pequena, mas da sua mamãe eu acho difícil! – Brincou ele. – Mas eu também sentirei saudade de vocês.  
– Senhorita Chlöe? – Chamou-me Brad.  
– Sim? 
– O carro já está pronto. – Avisou ele. 
– Tudo bem, já estou descendo. – Afirmei. – Eu preciso ir, Justin, a gente se vê por ai.  
– Claro. – Ele beijou a bochecha de Megan e me deu um abraço rápido. – Espero te encontrar em breve. – Afirmou ele com uma piscadela.  
Não respondi, apenas sorri e voltei a caminhar para o elevador. Finalmente, tudo parecia estar dando certo. 
Descemos no elevador junto com Brad. Megan não parava de fazer caretas no espelho, nos fazendo rir. Caminhamos pelo estacionamento atrás dos carros que não estavam muito longe, arrumei Megan em sua cadeirinha e me sentei no banco de motorista; o vidro estava abaixado e o barulho do alarme do carro ao lado me assustou.  
– Assustada, mamãezinha? – Perguntou a menina do carro ao lado, rindo. Seu rosto não me era estranho. – Ainda não me reconheceu? Deve ser porque nem começamos a conversar ainda. – Falou ela, irônica. – Mas acho que um aviso de início de conversa seria ótimo: fica longe do Justin! – Em seguida, ela bateu a porta do carro com força e saiu pisando firme. 
– Acho melhor você saber como fala e onde pisa, linda! – Alertei e em seguida saí em alta velocidade com o carro.  
Eu não era obrigada a escutar desaforos das piranhas do Justin sendo que nós nem tínhamos nada; não mesmo! 
[...] 
A pior maneira de se acordar é com um despertador irritante próximo ao seu ouvido. Só não o arremessei para longe porque o meu bom estado de espírito não me permitiu isso. Levante-me preguiçosamente e caminhei diretamente para o banheiro; nada melhor do que um banho para acordar e começar o dia enfrentando o seu mais novo pesadelo. 
O banho não foi muito demorado, apenas tratei de me vestir adequadamente para a ocasião e pentear o meu cabelo; vesti os meus saltos e arrumei minha bolsa. Tudo pronto, era hora de partir para o Toronto-Dominion Centre. Desci as escadas e Kate já estava me aguardando na sala com alguns dos meus pertences deixados por Bill. 
– Bom dia, Kate. 
– Bom dia, Chlöe. – Respondeu ela, sorridente. – Bill me pediu para que eu te entregasse essa caixa e a chave do carro.  
Finalmente o meu mais novo brinquedinho havia chegado, uma McLaren F1 lm Wallpaper inteiro preto e brindado; Bill realmente tinha cuidado de tudo para que minha segurança fosse prioridade. Abri a bela caixa dourada com cuidado e dali tirei a máscara e o alterador de voz que eu usaria.  
– Obrigada, Kate! – Agradeci. – Agora preciso ir. 
– Não vai comer nada para sair, Chlöe? O café já está na mesa.  
– Não, Kate, obrigada. Estou sem fome, mas com certeza Alicia e os amigos dela chegarão famintos! – Avisei. 
– Claro. – Ela riu. 
– Conversamos mais tarde, Kate, até logo. 
– Até, Chlöe, se cuide. 
– Pode deixar, manda um beijão para a minha filhota quando ela acordar. – Pedi e ela assentiu. 
Entrei no carro e admirei o belo painel, se eu já gostava de correr com os outros carros, com esse eu chegaria aos céus. Não podia negar que eu estava nervosa, mas tentava de todas as maneiras possíveis não demonstrar isso para mim mesma, o fato era que eu estava mais com medo do que tudo.  
Avistei o enorme Toronto-Dominion Centre e adentrei pelo estacionamento do prédio, dando mais um suspiro pesado. Lembrei-me de colocar o alterador de voz junto com uma escuta que ficaria comigo; peguei a máscara e antes de sair do carro a coloquei. Sabia que a partir de agora eu estava sendo vigiada de todos os jeitos e maneiras possíveis. 
Entrei no elevador e minha atenção foi para o relógio que estava em meu pulso, indicando que já se passavam das 10:00; legal, eu chegaria atrasada.  
O elevador abriu, indicando que eu já estava no 56°andar; respirei fundo mais uma vez antes de adentrar no andar e saí caminhando até o final do corredor, meu coração parou a partir do momento em que vi meu pai conversando com um garoto/homem que também estava mascarado. Era ele, Chanel.  
Continuei a andar, tentando não demonstrar o quão bamba minhas pernas estavam. 
– Bem-vinda, Chelsea! – Disse meu, pai em um tom animador. – Chanel não deixou de me contar o seu nome. Acho que vocês farão uma bela dupla.  
– Eu espero que sim! – Respondi firme e segura de mim. 
– Bom dia para você também. – Disse Chanel, irônico? Não, imagina. 
– Se te agrada um bom dia, então bom dia, Chanel!  
Eu queria muito manter essa pose de mulher durona, só assim eu conseguiria reservar o meu espaço sem que ninguém me atrapalhasse. De longe eu escutei vários risos e um "poderia dormir sem essa, Chanel" e não deixei de rir disfarçadamente.  
– Bem, vamos entrar. – Disse meu pai, o tão "temido" John Swan. – Fique a vontade para escolher o seu lugar, Chelsea.  
– Obrigada! – Agradeci e entrei na sala, procurando um bom lugar para me sentar; a cadeira da ponta não me parecia uma má ideia, então me sentei ali e esperei que todos parassem de me olhar e começassem a falar. 
– Como vocês sabem, no baile foram escolhidos os melhores para fazer parte da minha equipe. Coisas de dívidas que outros traficantes me deviam, e eu os desafiei a trazerem os seus melhores pares para competir com o meu garoto, Chanel, a equipe deles, e a desconhecida, que surpreendeu a todos e hoje está aqui; uma salva de palmas para a nossa mais nova integrante, Chelsea, e o nosso garoto Chanel! 
Não preciso nem dizer que se não fosse a máscara, eu estaria verde naquele momento. Eles pareciam orgulhosos e batiam palmas com vontade.  
– Mas, infelizmente, um caro amigo meu quebrou as regras e decidiu jogar o jogo dele; mas eu acho que promessa é divida, e se ele não cumpriu por bem, vai perder tudo por mau!  
– O que você quer que a gente faça? – Perguntou Chanel, que também estava com um alterador de voz. 
– Simples, eu quero que vocês coloquem fogo no posto de gasolina dele. Ali é um dos pontos em que mais rende dinheiro e lucros, ele vende de tudo, de simples armas até as mais fortes drogas. Tudo fica em uma garagem ao lado da loja de conveniência. Explodam tudo! – Ordenou ele. 
– É arriscado demais explodir um posto assim, chefe. – Disse um dos membros. 
– Eu pago vocês para fazerem, e não para questionarem. O carro de vocês já está lá em baixo, quero que vocês vão em carros separados e em duplas. Já podem ir. 
Todos nós assentimos; me levantei tentando evitar o máximo de contato visual possível com qualquer pessoa ali.  
– Você vai comigo! – Avisou Chanel. 
Ri ironicamente da forma que ele disse, e só não lhe disse um não, pois ele era o único que eu "conhecia" ali.  
Os carros eram todos de corrida e infelizmente não pude identifica-los; adentrei no carro no banco de passageiros e Chanel logo ao lado, no banco de motorista.  
Fechamos as portas e Chanel me olhou dos pés á cabeça, me analisando. 
– O que foi? – Perguntei? 
– Belos seios. – Disse ele, maliciosamente.  
– Vai se foder! – Retruquei, achando aquilo um absurdo e ele riu, gostando ainda mais.  
...
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