terça-feira, 15 de outubro de 2013

9° Capítulo - New Member.


Pov Justin Bieber. 
– Por favor, não faça isso comigo! – Pedi. – Você não sabe o quanto eu me condeno por isso. 
– Eu já lhe perdoei, Justin. – Ela fungou o nariz e, mais uma vez, limpou as lágrimas. – Já passou, só que eu nunca vou conseguir me esquecer daquilo... 
– Eu sei que eu não tenho o direito nenhum de te pedir nada, mas, por favor, me deixa te explicar algumas coisas. Por favor! 
Chlöe olhou no fundo dos meus olhos e respirou fundo; caminhou até a sacada e se encostou na parede. 
– Você sabe que não tem nada para me explicar, Justin, você não me deve isso! 
– Mas eu quero, eu preciso fazer isso. – Admiti. – Sabe, Chlöe, quem olha para mim, nunca imagina os problemas que eu tenho, e o quão obscuro o meu passado é; mas acredite em mim, ele não foi assim porque eu quis, foi porque eu não tive escolhas. Eu não quero comentar sobre essa parte; aquela festa foi dois dias depois de eu descobrir o quão enrascado eu estava. Se eu fosse chamado, eu tinha que ir, e não podia dizer um simples não, o "não" simplesmente não existia. Foi a minha primeira festa com pessoas que eu não conhecia, mas eu sabia que deveria impressiona-los; eu era o novato ali, e nada mais. Meus novos "amigos" resolveram me fazer uma aposta de 2.000 dólares; era tentador demais, Chlöe. Minha mãe e eu nunca tivemos muito dinheiro, e o pouco que tínhamos, minha mãe pagava o aluguel e comprava a comida para nos mantermos vivos. Quando eu completei uma idade de mais responsabilidade, decidi que precisava ajudar minha mãe, então todos os dias eu acordava cedo e ia tocar violão em um ponto famoso da cidade. Eu não ganhava muita coisa, mas já era o bastante para ajudar e vê-la orgulhosa de mim. – Procurei forças dentro de mim para continuar falando naquele assunto que acabava comigo. – Eu não tive escolhas, Chlöe, eu precisava impressiona-los, e eles escolheram você. – Respirei fundo e continuei. – No outro dia, eu me arrependi do que fiz, e decidi que te contaria a verdade e te pediria desculpas, mesmo sabendo que não adiantaria porra nenhuma, mas você começou a me xingar e eu acabei ficando nervoso, te chamando de coisas que eu não deveria, por pura raiva. – Eu me sentia tão sujo, tão desonesto com todos; mas, pela primeira vez, eu me sentia bem por poder pelo menos me explicar. – Eu sinto muito, Chlöe. 
Chlöe olhou em minha face e, ao ver minhas lágrimas, automaticamente as dela caíram também.  
Naquele momento ela me abraçou, e eu senti que ali seria o meu novo ponto de paz. 
– Justin? – Ela me chamou baixinho, enquanto me envolvia mais em seu abraço. 
– Eu estou aqui, linda.  
– Eu acho que nós deveríamos esquecer tudo isso! 
– Com tanto que você não me peça para te esquecer, por mim tudo bem! 
Pov Chlöe Swan. 
– Mamãe, a gente precisa mesmo ir 'embola' 'agola'? – Perguntou Megan. 
– Sim, meu amor. Amanhã a mamãe vai precisar sair muito cedo.  
– Eu vô também? 
– Não meu amor, você vai ficar com a Kate. 
– Mamãe... 
– O que foi? 
– Eu vou sentir 'saudadis' do Bieber. 
– Eu... 
– Você também, não é, mamãe? 
– Eu hein, claro que não. – Respondi rindo. 
– Vai sim, bobinha, Megan sabe. 
Neguei com a cabeça e ela riu, se deitando na cama. Aproximei-me e fiz cócegas nela, a fazendo dar gargalhadas gostosas.  
– 'Pala', mamãe. – Disse ela, rindo.  
Afastei-me rindo também, e deixei minhas coisas próximas da porta para que os seguranças descessem com elas. Coloquei um casaquinho fininho em Megan e a peguei no colo, pronta para nos despedirmos dos outros.  
– Alicia. – A chamei. 
– Você já vai? – Perguntou ela, com voz de desânimo. 
– Sim, amanhã terei que sair e Megan ficará com Kate. Você vai dormir aqui hoje? 
– Provavelmente sim. 
– Tudo bem, qualquer coisa liga lá em casa e pede para alguém vir te buscar.  
– Pode deixar. – Ela me abraçou de lado. – Ei, Megan, cuida da sua mamãe, viu? 
– Eu 'tuido' – Disse ela, com voz fofa.  
– Então, estou indo embora. Tchau para vocês! – Falei para os outros que estavam na sala. 
Cada um me respondeu uma coisa diferente e eu ri, pois não entendi nada. Chaz se aproximou com Twist e se despediram de Megan e depois de mim. Os outros se despediram de longe mesmo, e eu acenei dando o alerta de minha partida. 
– Ei! – Gritou Justin, vindo até nós. 
– Hey, Justin. – Sorri. – Pensei que não me daria tchau. – Brinquei. 
– Eu já estava vindo. – Ele riu.  
– Mamãe e eu vamos sentir 'saudadis'. – Disse Megan, de forma sapeca.  
– Megan! – A repreendi, envergonhada.  
– De sua parte eu sei que é verdade, pequena, mas da sua mamãe eu acho difícil! – Brincou ele. – Mas eu também sentirei saudade de vocês.  
– Senhorita Chlöe? – Chamou-me Brad.  
– Sim? 
– O carro já está pronto. – Avisou ele. 
– Tudo bem, já estou descendo. – Afirmei. – Eu preciso ir, Justin, a gente se vê por ai.  
– Claro. – Ele beijou a bochecha de Megan e me deu um abraço rápido. – Espero te encontrar em breve. – Afirmou ele com uma piscadela.  
Não respondi, apenas sorri e voltei a caminhar para o elevador. Finalmente, tudo parecia estar dando certo. 
Descemos no elevador junto com Brad. Megan não parava de fazer caretas no espelho, nos fazendo rir. Caminhamos pelo estacionamento atrás dos carros que não estavam muito longe, arrumei Megan em sua cadeirinha e me sentei no banco de motorista; o vidro estava abaixado e o barulho do alarme do carro ao lado me assustou.  
– Assustada, mamãezinha? – Perguntou a menina do carro ao lado, rindo. Seu rosto não me era estranho. – Ainda não me reconheceu? Deve ser porque nem começamos a conversar ainda. – Falou ela, irônica. – Mas acho que um aviso de início de conversa seria ótimo: fica longe do Justin! – Em seguida, ela bateu a porta do carro com força e saiu pisando firme. 
– Acho melhor você saber como fala e onde pisa, linda! – Alertei e em seguida saí em alta velocidade com o carro.  
Eu não era obrigada a escutar desaforos das piranhas do Justin sendo que nós nem tínhamos nada; não mesmo! 
[...] 
A pior maneira de se acordar é com um despertador irritante próximo ao seu ouvido. Só não o arremessei para longe porque o meu bom estado de espírito não me permitiu isso. Levante-me preguiçosamente e caminhei diretamente para o banheiro; nada melhor do que um banho para acordar e começar o dia enfrentando o seu mais novo pesadelo. 
O banho não foi muito demorado, apenas tratei de me vestir adequadamente para a ocasião e pentear o meu cabelo; vesti os meus saltos e arrumei minha bolsa. Tudo pronto, era hora de partir para o Toronto-Dominion Centre. Desci as escadas e Kate já estava me aguardando na sala com alguns dos meus pertences deixados por Bill. 
– Bom dia, Kate. 
– Bom dia, Chlöe. – Respondeu ela, sorridente. – Bill me pediu para que eu te entregasse essa caixa e a chave do carro.  
Finalmente o meu mais novo brinquedinho havia chegado, uma McLaren F1 lm Wallpaper inteiro preto e brindado; Bill realmente tinha cuidado de tudo para que minha segurança fosse prioridade. Abri a bela caixa dourada com cuidado e dali tirei a máscara e o alterador de voz que eu usaria.  
– Obrigada, Kate! – Agradeci. – Agora preciso ir. 
– Não vai comer nada para sair, Chlöe? O café já está na mesa.  
– Não, Kate, obrigada. Estou sem fome, mas com certeza Alicia e os amigos dela chegarão famintos! – Avisei. 
– Claro. – Ela riu. 
– Conversamos mais tarde, Kate, até logo. 
– Até, Chlöe, se cuide. 
– Pode deixar, manda um beijão para a minha filhota quando ela acordar. – Pedi e ela assentiu. 
Entrei no carro e admirei o belo painel, se eu já gostava de correr com os outros carros, com esse eu chegaria aos céus. Não podia negar que eu estava nervosa, mas tentava de todas as maneiras possíveis não demonstrar isso para mim mesma, o fato era que eu estava mais com medo do que tudo.  
Avistei o enorme Toronto-Dominion Centre e adentrei pelo estacionamento do prédio, dando mais um suspiro pesado. Lembrei-me de colocar o alterador de voz junto com uma escuta que ficaria comigo; peguei a máscara e antes de sair do carro a coloquei. Sabia que a partir de agora eu estava sendo vigiada de todos os jeitos e maneiras possíveis. 
Entrei no elevador e minha atenção foi para o relógio que estava em meu pulso, indicando que já se passavam das 10:00; legal, eu chegaria atrasada.  
O elevador abriu, indicando que eu já estava no 56°andar; respirei fundo mais uma vez antes de adentrar no andar e saí caminhando até o final do corredor, meu coração parou a partir do momento em que vi meu pai conversando com um garoto/homem que também estava mascarado. Era ele, Chanel.  
Continuei a andar, tentando não demonstrar o quão bamba minhas pernas estavam. 
– Bem-vinda, Chelsea! – Disse meu, pai em um tom animador. – Chanel não deixou de me contar o seu nome. Acho que vocês farão uma bela dupla.  
– Eu espero que sim! – Respondi firme e segura de mim. 
– Bom dia para você também. – Disse Chanel, irônico? Não, imagina. 
– Se te agrada um bom dia, então bom dia, Chanel!  
Eu queria muito manter essa pose de mulher durona, só assim eu conseguiria reservar o meu espaço sem que ninguém me atrapalhasse. De longe eu escutei vários risos e um "poderia dormir sem essa, Chanel" e não deixei de rir disfarçadamente.  
– Bem, vamos entrar. – Disse meu pai, o tão "temido" John Swan. – Fique a vontade para escolher o seu lugar, Chelsea.  
– Obrigada! – Agradeci e entrei na sala, procurando um bom lugar para me sentar; a cadeira da ponta não me parecia uma má ideia, então me sentei ali e esperei que todos parassem de me olhar e começassem a falar. 
– Como vocês sabem, no baile foram escolhidos os melhores para fazer parte da minha equipe. Coisas de dívidas que outros traficantes me deviam, e eu os desafiei a trazerem os seus melhores pares para competir com o meu garoto, Chanel, a equipe deles, e a desconhecida, que surpreendeu a todos e hoje está aqui; uma salva de palmas para a nossa mais nova integrante, Chelsea, e o nosso garoto Chanel! 
Não preciso nem dizer que se não fosse a máscara, eu estaria verde naquele momento. Eles pareciam orgulhosos e batiam palmas com vontade.  
– Mas, infelizmente, um caro amigo meu quebrou as regras e decidiu jogar o jogo dele; mas eu acho que promessa é divida, e se ele não cumpriu por bem, vai perder tudo por mau!  
– O que você quer que a gente faça? – Perguntou Chanel, que também estava com um alterador de voz. 
– Simples, eu quero que vocês coloquem fogo no posto de gasolina dele. Ali é um dos pontos em que mais rende dinheiro e lucros, ele vende de tudo, de simples armas até as mais fortes drogas. Tudo fica em uma garagem ao lado da loja de conveniência. Explodam tudo! – Ordenou ele. 
– É arriscado demais explodir um posto assim, chefe. – Disse um dos membros. 
– Eu pago vocês para fazerem, e não para questionarem. O carro de vocês já está lá em baixo, quero que vocês vão em carros separados e em duplas. Já podem ir. 
Todos nós assentimos; me levantei tentando evitar o máximo de contato visual possível com qualquer pessoa ali.  
– Você vai comigo! – Avisou Chanel. 
Ri ironicamente da forma que ele disse, e só não lhe disse um não, pois ele era o único que eu "conhecia" ali.  
Os carros eram todos de corrida e infelizmente não pude identifica-los; adentrei no carro no banco de passageiros e Chanel logo ao lado, no banco de motorista.  
Fechamos as portas e Chanel me olhou dos pés á cabeça, me analisando. 
– O que foi? – Perguntei? 
– Belos seios. – Disse ele, maliciosamente.  
– Vai se foder! – Retruquei, achando aquilo um absurdo e ele riu, gostando ainda mais.  
...
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De verdade, eu amo muito vocês!! ❤ 

domingo, 6 de outubro de 2013

8° Capítulo - Too late to be sorry, Justin.


Pov Justin Bieber.
Por mim, eu não partiria aquele beijo nunca; mas pela falta de ar de ambos, partimos ele com um selinho. Eu esperava receber um tapa na cara por beijar Chlöe, mas a primeira reação dela foi me abraçar e aconchegar sua cabeça em meu pescoço. Juntei-me à ela, colando ainda mais os nossos corpos. 
A verdade era que eu não sabia porque eu me sentia tão ligado à Chlöe e Megan, e nem o porque de a presença delas me fazer tão bem. Era algo novo, mas que eu gostava.
Sem que eu percebesse, Chlöe partiu o abraço e me encarou, enquanto limpava suas lágrimas.
– Já conseguiu o que queria? Agora você já pode ir embora. 
– O que? – Perguntei, confuso.
– Vai, Justin, vai embora! Eu não suportaria ouvir que foi mais uma aposta sua! – Disse ela, quase gritando, enquanto me expulsava de seu quarto.
– Espera, Chlöe! Eu não estou entendo nada.
– Vai embora!
– Abre essa porra, Chlöe!
– VAI EMBORA, SEU IDIOTA! 
– LOUCA! – Gritei, antes de sair chutando tudo o que via pela frente.
Garota maluca; primeiro ela corresponde meu beijo e até me abraça, e agora age como uma louca... Saí em direção ao elevador antes que alguém acordasse com o barulho e começasse a me interrogar. 
Por incrível que pareça, esqueci-me do meu medo de elevadores e desci bufando até onde Khalil estava, e me joguei na mesma espreguiçadeira onde deitara há alguns minutos.
– Que cara é essa, bro? O que aconteceu? – Perguntou Khalil.
– Nada demais. – Respondi, ríspido. 
Por mais que eu quisesse tirar da minha cabeça o que havia acontecido, eu não conseguia. 
– Bom dia, babies! – Disse Jacque, animada.
– Fala, Jacque! – Respondeu Khalil.
– Que foi, baby Bieber, não vai me responder?
– Não enche o saco, Jacque!
– Oh, o bebezinho acordou de mau humor hoje, foi? – Perguntou ela, irônica. 
– Não, Jacque, só não quero que você encha a porra do meu saco; mas, se quiser cair de boca, você já sabe que é bem-vinda! 
– Vou me lembrar disso mais tarde! – Ela piscou, maliciosa.
Deixei Jacque falando sozinha e caminhei até a piscina, onde Megan estava sob os cuidados do tal Brad, e me sentei na beirada da mesma.
– Justin, você tá 'tisti' também? – Megan perguntou de forma fofa.
– Só um pouco. – Falei, enquanto ela se aproximava. 
– 'Poique'? – Perguntou ela. – Sabe, minha mamãe também tá 'tisti'.
– Porque eu não entendo as mulheres, lindinha. – Puxei-a para o meu colo e ela rapidamente me abraçou.
– Um dia você vai entender tudinho.
– Como assim?
– Megan não sabe. – Disse ela, negando com a cabeça. – Mas um dia, nós vamos entender tudinho.
– Eu espero que sim. – Sorri.
– Minha mamãe gosta de você. – Disse ela, sorrindo.
– Hã? – Comecei a rir. – Como assim, pequena?
– Ela sabe cantar todas as suas músicas; ela e tia Alicia já falaram que você é bonitão, mas que não 'plesta'. – Ela falou de forma sapeca, e eu ri ainda mais.
– Ah, então sua mãe falou isso? – Perguntei.
– Sim. – Ela riu.
– Não entendo as mulheres, mas sua mamãe já é um caso mais avançado.
– Minha mamãe é linda. – Concordei com ela. – Você também gosta da minha mamãe?
Por que crianças fazem perguntas tão difíceis?
– Eu... Eu... 
– Você gosta! – Afirmou ela, rindo.
– É eu acho que sim, mas sua mamãe é muito difícil.
– Mamãe sempre diz que 'atiilo' que vem fácil demais, vai 'embola' da mesma maneira.
Fique espantado pela inteligência de Megan, ela é tão pequeninha...
– Sua mamãe está certa! Você tem quantos anos, pequena?
– Eu vou fazer assim. – Disse ela, indicando o número quatro com os dedos. 
– Eu tenho uma irmãzinha, você sabia? Ela é tão linda quanto você.
– A Jazzy? – Perguntou ela. – Uma vez eu fiz o tio Brad ler seu livro para mim, e ele me 'mostou' você e a Jazzy. 
– Você dá trabalho, hein, pequena. – Falei rindo. – E quem é esse Brad? – Fiz sinal com a cabeça para o cara que estava próximo de nós, que mais parecia um poste humano.
– 'Sedulança' meu e da mamãe. 
– E por que você e sua mamãe precisam de um segurança desses? – Perguntei.
– Tem um 'monti' de 'sedulança' na minha casa. Porque o vovô quer me tirar da mamãe. – Disse ela, fazendo cara de choro. – Eu não 'telo' ir com o vovô.
– Não precisa chorar, princesinha, eu não vou deixar ninguém te levar. Está bem? 
Ela não respondeu nada, só me abraçou mais forte. Foi aí que eu entendi o porquê de tantos seguranças, e o motivo por Chlöe ser tão insegura. Saí da beirada da piscina com Megan nos braços, e me sentei na espreguiçadeira mais próxima, enquanto ela ainda estava agarrada à mim; era possível sentir que Megan não tinha nem um apreço por seu avô, a não ser medo.
– BRAD! BRAD! – Escutei Alicia chamar o segurança de Chlöe desesperadamente, próxima à mim. – Chlöe não está passando muito bem, eu vou leva-la até um médico, cuide de Megan! Qualquer coisa, ligue no meu celular.
– Claro, dona Alicia. Não precisa que nenhum de nós as acompanhe?
– Não, eu vou leva-la. Qualquer coisa eu ligo, obrigada! Agora preciso ir, ela está me esperando no carro.
– Claro. 
Brad se posicionou próximo à mim e Megan novamente e eu me levantei, deixando Megan na espreguiçadeira.
– Eu já volto, pequena. – Avisei e ela assentiu.
Saí com passos apresados atrás de Alicia, em direção ao estacionamento.
– Ei, Alicia. – Chamei-a e a garota se virou para mim, me encarando.
– O que você quer? 
– O que Chlöe tem?
– Nada que te interesse.
– Mas é claro que me interessa. – Teimei.
– É, talvez você tenha razão, já que a culpa é toda sua, na verdade sempre foi! – Disse ela, sem paciência.
– Vocês mulheres são todas loucas! Qual é minha culpa dessa vez?
– Eu escutei a discussão de vocês, sei que você a beijou.
– E ela correspondeu.
– Eu também sei disso; mas Justin, será que você é tão idiota que não consegue ligar as coisas?
– O que? Como assim? – Sinceramente? Eu já estava ficando louco com tudo aquilo, não era possível.
– A frase "Eu não suportaria ouvir que foi mais uma APOSTA sua!" e o nome Chlöe, não te lembram nada? Por favor, né garoto, não é possível que você não se lembre. Mas quer saber de uma coisa, vai ser bem melhor se você não lembrar mesmo, agora eu preciso ir. Passar bem, Justin.
Eu estava imóvel; não era possível!
Flash Back On.
– Qual é, Justin, vai ficar aí parado enquanto a festa está rolando?
– Claro que não. – Afirmei, um pouco inseguro.
– Então, vamos ver. Vamos às apostas de hoje. – Ele riu. – O escolhido é você, novato Justin.
– Que foi, porra? Que aposta?
– Nós te daremos 2.000 dólares, se você conseguir pegar a esquisita da festa, e transar com ela.
Apostar uma garota? Isso não me parecia uma coisa certa, mas 2.000 dólares? 
– Que garota?
– Aquela que está sentada na mureta, vestido preto e casaco amarelo. É uma boa grana, Justin, vai encarar?
Minha mãe e eu não temos muito dinheiro e, se eu aceitar, tenho certeza que a grana vai nos ajudar em muitas coisas. Mas e essa garota? Como ela vai ficar depois disso?
– Então, Justin? 2.000 dólares no bolso, ou está com pena da garota? – Eles riram. 
– Pena? Com pena eu ficaria de mim, se não aceitasse esse dinheiro.
Saí em direção à garota, bebericando um gole da minha bebida e me condenando mentalmente por ter aceitado fazer aquilo.
Tarde demais para se arrepender, Justin. 
Flash Back Off.
Mal percebi quando duas lágrimas desceram por meu rosto, eu nunca havia me perdoado em relação à isso. Ainda mais depois de tudo que eu disse para a garota quando ela estava saindo. 
Mas não era possível, Chlöe mudou muito desde aquele tempo, foi por isso que eu não a reconheci, e muito menos consegui ligas os fatos.
Aproveitei que já estava no estacionamento e andei apressadamente até o meu carro, aquele era um ótimo momento para fugir dos meus problemas e encontrar soluções nos braços da minha mãe, a única que conseguiria me entender.
Pov Alicia Swan.
Agora que Chlöe já estava bem, e que eu havia colocado meus pensamentos em seus devidos lugares, me dei conta da besteira que havia feito. 
Chlöe me mataria se soubesse do que eu fiz. Mas eu simplesmente não consegui me controlar, ela era bem mais do que uma prima para mim, era uma irmã, e eu não conseguia suportar o fato de ela sofrer tanto em relação aos seus problemas, incluindo Justin. Era demais para mim, ver o quão bem ele estava, e ela tão triste e magoada pelos atos dele. Justin já não era mais um garotinho e precisava entender que as pessoas tem sentimentos e que Chlöe não merece sofrer mais do que já sofre, e nada melhor do que abrir os olhos dele, para ele poder enxergar isso.
Outro motivo pelo qual eu me sinto péssima, é saber que Megan está doente por sentir falta de um pai. Justin não é uma pessoa ruim, eu sei disso, mas revivendo os fatos e colocando o passado à nossa frente, era impossível esquecer o que ele fez com Chlöe, e eu entendia seus motivos para não querer contar isso para ambos. 
– Vou assinar a sua alta, senhorita Chlöe. – Disse o Dr. Simon. – Se a pressão voltar a cair, quero que venha para o hospital imediatamente, está bem?
– Claro. – Concordou ela.
– E Megan, como está?
– Bem, graças à Deus. – Respondeu Chlöe.
– Mande mil beijos à ela. Bom, já assinei sua alta, você está liberada.
– Obrigada, Dr. Simon. – Agradecemos.
– Eu só faço o meu trabalho, senhoritas. Agora, se me dão licença, eu preciso ir ver outros pacientes. – Assentimos e ele saiu da sala, nos deixando ali.
– Está mesmo melhor, Chlöe? – Perguntei.
– Sim, já me sinto ótima. – Disse ela, forçando um sorriso.
– Você diz isso como se eu não te conhecesse.
– Se você não se importa, Ali, eu não quero falar sobre isso, não agora.
– Claro, tudo bem. – Assenti.
Por mais que ela não falasse, eu entendia e sabia muito bem tudo o que estava acontecendo.
Depois de passarmos quase 3 horas naquele hospital, estava me sentindo exausta e com saudades de Chaz. Eu acho que eu realmente estava gostando dele.
– Finalmente, chegamos. – Disse Chlöe. – Não aguentava mais de saudades da minha filha. Obrigada por me levar, Alicia.
– Só quero o seu bem, Chlöe. – Sorri. – Agora vamos logo que eu estou morrendo de saudades de Chaz.
Chlöe riu e entramos direto no elevador do estacionamento e subimos para o nosso andar; todos já estavam lá, se divertindo enquanto cantavam músicas e riam das coisas que todos falavam. 
Megan estava com Chaz, na cozinha. Chlöe e eu caminhamos até lá na esperança de matar a saudade que nos dominava. Chaz e Megan me abraçaram, mas o abraço triplo não durou muito tempo, já que Megan insistia animada para ir para o colo da mãe. 
– Como Chlöe está? O que o médico disse? – Perguntou Chaz.
– Está melhor, ele disse que foi uma queda de pressão causada pelo nervosismo em que ela estava. 
– Eu ainda não entendi o que aconteceu, mas eu tenho certeza que o Justin está envolvido nisso. – Ele parou um pouco e analisou o lugar. – Ele sumiu o dia todo, e quando voltou estava com os olhos vermelhos e inchados, e não era por um simples beck, ele chorou. Eu não sei o que aconteceu, mas pelo fato dele ter chorado, eu imagino a gravidade do problema. – Chaz coçou a nuca, como se estivesse incomodado. – Eu bem que tentei falar com ele, mas ele não me disse nada. 
– É, foi uma coisa do Justin e da Chlöe, mesmo. – Suspirei, me lembrando da merda que eu havia feito. – Eu não vou te contar, pois tenho certeza que o próprio Justin vai querer fazer isso, tudo bem?
– Claro, linda. Mais tarde eu falo com ele. – Ele beijou minha testa e em seguida me abraçou forte. – E por falar nisso, quando eu fui perguntar o que aconteceu, ele me perguntou de você, e me disse que precisava falar urgente com você. – Avisou-me ele.
– E onde ele está? – Perguntei olhando todos os cantos da enorme sala, procurando os olhos caramelados de Justin. 
– Não sei, mas ele deve estar no quarto dele.
– Tudo bem, eu vou beber água e passo por lá, para ver o que ele quer. – Chaz assentiu, e eu o beijei no rosto. 
Abri a geladeira e peguei uma jarra com água e um copo no armário; minhas mãos estavam trêmulas e eu sabia que Justin me perguntaria coisas que eu não poderia responder com a verdade. 
Merda, Alicia, que porra você foi fazer?
Bebi calmamente minha água enquanto enrolava alguns minutos. 
– Alicia. – Escutei a voz firme de Justin me chamar.
Terminei de beber a água, e coloquei o copo sobre a mesa, fazendo um barulho indesejado; respirei fundo mais uma vez e me virei, ciente dos meus atos e das circunstancias que viriam deles.
– Sim? 
– Podemos conversar?
– Claro! 
Justin me encarou mais uma vez, procurando por meus olhos, mas eu os abaixei. Ele percebeu meu desconforto e saiu à frente, indicando que iríamos para o seu quarto. E, a cada passo, eu sentia que aquela pergunta viria.
Entramos e ele fechou a porta.
– Justin, eu sei por que você me chamou aqui, mas olha, nós deveríamos esquecer tudo isso, até por que... – Ele me interrompeu.
 Megan é minha filha, não é?
 Justin travou seu maxilar e me olhou totalmente sério; tive medo de que meus olhos vacilassem. Engoli em seco e comecei a rir, era o mínimo que eu podia fazer para esconder o meu nervosismo. 
– De onde você tirou isso? – Perguntei, rindo. – É claro que não, Justin, não seja bobo. Megan não é sua filha! – Falei em um tom seguro, e ele me olhou totalmente desconfiado. – Depois de tudo aquilo que você fez, Chlöe ficou muito mais frágil e sensível, e infelizmente, você não foi o único que abusou da inocência dela. 
Justin não procurou mais por meus olhos, pelo contrário; ele baixou sua cabeça, como se pensasse em alguma coisa. Por dentro eu estava partida, era horrível mentir, mas eu não podia tirar o direito de Chlöe decidir sua vida e a de Megan. 
Pov Justin Bieber. 
Eu não tinha a mínima ideia de se Alicia estava ou não mentindo, seus olhos transmitiam tanta serenidade que eu acabei ficando confuso.
Não era possível; além de me sentir a pior pessoa do mundo por enganar tantas pessoas, eu também tinha que lidar com o fato de que eu tirei a virgindade de uma menina por uma aposta ridícula e, para completar ela ficou grávida, de um outro cara, que provavelmente "abusou da inocência dela", como Alicia disse; e a filha ainda não era minha. 
Quem começou com isso fui eu, por quê eu simplesmente não podia ser o pai de Megan, a garotinha que me encanta desde o primeiro dia que eu a vi? Eu não conseguia entender, eu literalmente destruí, em todos os sentidos, a vida dessa garota. 
Não consegui mais encarar Alicia; saí rapidamente do quarto, indo para a varanda. Talvez só lá eu pudesse ficar sozinho e pensar nas burradas da minha vida. Eu já magoei tantas pessoas, começando pela minha mãe, e agora mais lembranças do meu passado vinham à tona como um vendaval. 
A porta da varanda se abriu e eu rapidamente me virei para ver quem havia entrado. Chlöe estava parada ali, me olhando com os olhos assustados, pronta para sair novamente. 
– Chlöe, espera. – Pedi enquanto segurava seu braço, impedindo que ela saísse.
– Eu preciso ir, Justin. Megan está me esperando. 
– Eu me lembrei, eu me lembro de você! 
– O-o que? Do que você está falando, Justin? Me solta, eu preciso... – Interrompi.
– A festa, a aposta, eu me lembrei de tudo. – Afirmei com os olhos baixos, para não demonstrar minha fraqueza. 
– Justin... – Ela vacilou em suas palavras, e as lágrimas surgiram.
Se aquilo era doloroso para mim, eu imaginava como era para ela. 
– Você precisa me perdoar, Chlöe, eu não fiz por mau, eu juro. – Limpei uma lágrima. – Por favor! Me perdoa! – Pedi.
Chlöe, em meio aos soluços, respondeu:
– Talvez seja tarde demais para se arrepender, Justin.


Caraca!! Fiquei muito feliz com os comentários de vocês, isso é muito importante pra mim. Nem sei como agradecer tanto carinho, nunca imaginei que tantas pessoas fossem gostar da minha fanfic, mas vocês gostaram, então só tenho a agradecer vocês por isso!! Se puderem divulguem para os seus amigos, ou no twitter, eu ficaria muito feliz. Enfim, comentem por favor, eu adoro ler os comentários de vocês, parece que eu fico até mais inspirada hahahah.


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@opsdrewbieber / @snowflakesbiebs ❤❤